quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Flamengo: transferências só com o aval do Atlético de Madri

O Atlético de Madri entrou com uma ação contra o Flamengo cobrando uma dívida de R$ 6 milhões referente à transferência do zagueiro Gamarra, em 2000. O que surpreendeu a todos foi a decisão da justiça, que concedeu ao clube espanhol o direito de vetar as transferências de jogadores do Flamengo.
Agora, toda vez que surgir qualquer proposta por atletas do rubro-negro, o clube espanhol deve ser consultado para concordar ou não com a transferência. Até no caso do zagueiro Fábio Luciano o Atlético deve que ser consultado para dar o aval de sua aposentadoria, já que o atleta ainda tinha contrato com o clube e deveria pagar a rescisão antecipada do mesmo, o que geraria uma receita para o clube. Receita essa que poderia ser requisitada pelo Atlético a fim de quitar o débito existente entre os dois clubes.
A decisão da justiça é, no mínimo, estranha. Por que não bloquear as verbas recebidas pelo clube para o pagamento da dívida?
Essa decisão fere o direito de ir e vir de todo trabalhador, inclusive o jogador de futebol. Além disso, fere o regulamento de transferências da FIFA, que veta, expressamente, a interferência de terceiros no contrato de trabalho e na transferências de atletas.
Agora, imaginem se todos os credores dos clubes brasileiros conseguem decisão parecida da justiça? como conseguiriam sobreviver?

2 comentários:

  1. concordo junior acho que o atletico de madrid podia tem um acordo de a proxima verba que entra é do atletico de madrid, até completar 6 milhões

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  2. Júnior,
    Acredito que o Atlético de Madrid não vai (e não pode) vetar qualquer entrada ou saída de jogadores do Flamengo.
    A necessidade do "aceite" para a conclusão do negócio, está relacionada à garantia reconhecida, visando possibilitar que o credor receba o seu crédito, como ocorre na hipoteca de imóvel. O credor hipotecário não pode impedir a venda do imóvel, porém, para a conclusão do negócio (transferência) é indispensável o seu "aceite".

    Abraços

    Paulo Barrionuevo

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