quarta-feira, 1 de julho de 2009

Por que o Tubarão virou lambari?


Ainda me lembro daquela final de 1992, Estádio do Café lotado, mais de 45 mil pessoas e a pequena torcida do União Bandeirantes fazendo a festa e gritando “é campeão, é campeão”! quando, com muita vontade e raça, fomos buscar o empate, forçando o terceiro jogo.
Decisão épica, só finalizada no terceiro jogo. E com o Tubarão campeão.

De lá para cá, 2 vezes no quadrangular da Série B e o acesso escapou por muito pouco. Fora isso, decepções, tristeza, revolta. Dois rebaixamentos para a segunda divisão do Paranaense e vários fracassos nas mais variadas competições. A única exceção ficou por conta da Copa Paraná do ano passado, em que o time conseguiu o título nos pênaltis. E mesmo assim porque era administrado e bancado por um empresário paulista.

Administrações vergonhosas, muitas brigas nos bastidores, jogadores que, simplesmente, sumiram e, de repente, se tornam craques e surgem para o mundo do futebol sem o Londrina ver a cor do dinheiro, categorias de base abandonadas, sede campestre sendo leiloada por dívidas trabalhistas e o cenário cada dia pior.

Ao ler uma reportagem sobre a perda da etapa da Stock Car esse ano para Campo Grande-MS, o presidente da ACIL, Marcelo Cassa, afirmou que a perda seria da ordem de R$ 5 milhões de reais, somando-se o giro financeiro com empregos temporários, comercialização de serviços e produtos, como táxi, hotéis, restaurantes, bares, além do excepcional retorno de mídia.

Pois bem, qual não seria o retorno, não apenas para o time, como para a cidade, para os empresários, para a população em geral, se o LEC voltasse a jogar o Campeonato Brasileiro da Série A? Sem qualquer demérito para essas equipes, mas em um passado recente vimos Portuguesa, São Caetano, Ipatinga, América-RN, Avaí, Santo André, entre outros, jogando o Brasileirão. Conforme sabemos a região de Londrina possui colonizadores das mais diversas regiões do Brasil, principalmente, paulistas, cariocas e mineiros.

Imaginem um Estádio do Café recebendo o Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Cruzeiro, Inter, Grêmio, entre outros?

Jogos sendo transmitidos para todo Brasil, já que são 4 os canais que transmitem pela TV: Globo, Bandeirantes, Sportv e o Premiere. Isso sem contar no rádio e internet, cada vez mais popular e englobando também a TV.

Será que seria pedir muito o mínimo de planejamento, organização, transparência, dedicação, apoio por parte dos empresários e da Administração Pública (indiretamente, é claro)?

Em 5 minutos digitando esse texto alguns nomes que sairão de Londrina e região surgem, como: Fábio (ex- União Bandeirantes e hoje no Cruzeiro), Naldo (hoje no Werder Bremen), Miranda (ex-Portuguesinha Londrinense e hoje na Seleção e, por enquanto, no São Paulo), Rafinha (ex-Londrina e hoje no Schalke 04), Henrique (ex-Londrina e hoje no Cruzeiro), Jádson (ex-PSTC e hoje no Shaktar), Fernandinho (ex-PSTC, também no Shaktar), Alan Bahia (ex-PSTC e hoje no Japão), Kléberson (ex-PSTC e hoje na Seleção e no Flamengo), João Paulo (ex-LEC e hoje titular absoluto do Paraná Clube), Nilmar (ex-União Bandeirantes e hoje no Inter e na seleção), Dagoberto (ex-PSTC e hoje no São Paulo), Soares (ex-LEC e hoje no Cruzeiro) e o último Ricardo (ex-LEC e hoje no Grêmio). Isso sem contar em outros grandes ídolos que são da região, como Élber, Vagner (ex-Celta, São Paulo, Santos), Brandão (Olympique de Marselha), Vandinho (Sport), entre outros.

PERGUNTAS: Será que com um time desses não teríamos condições de disputar uma Série A?

Por que todo mundo reclama, fala que o LEC só dá dor de cabeça, que é muita pressão, que não tem tempo para a família, e, TODA ELEIÇÃO, são 2 ou 3 querendo “mamar” nessa teta? Será que é tão ruim assim?

E para finalizar, será que a inveja de alguns não atrapalha o sucesso do LEC e a felicidade geral da nação alviceleste e da cidade de Londrina?

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